terça-feira, 6 de janeiro de 2015

O perigo dos anticoncepcionais hormonais

Os anticoncepcionais orais estão sendo inseridos cada vez mais cedo na vida das mulheres, como se fosse algo indispensável à saúde feminina. Elas ingerem esse medicamento durante anos, sem dar importância à reação fortíssima que essa droga provoca no organismo ao longo do tempo.

Aliás, elas sequer relacionam as pílulas a medicamento. Para se ter ideia, durante a anamnese em meu consultório pergunto se  fazem uso de algum tipo de droga e as pacientes informam que não. Ao indagar sobre anticoncepção, a resposta é positiva.

 O uso de anticoncepcionais hormonais orais causam diversas desordens à saúde feminina, a exemplo de doenças trombóticas, varizes, câncer e, de regra, distúrbios hormonais graves.

O método  contraceptivo  dessas substâncias é a substituição hormonal, ou seja, esse medicamento oral substitui o que a mulher produz naturalmente  por elementos parecidos com hormônios (análogos hormonais).
Perder peso se tona mais difícil para as mulheres

Os análogos hormonais são substâncias elaboradas pelas indústrias com finalidade comercial. A sua estrutura bioquímica é semelhante ao hormônio natural produzido pelo corpo. Mas essas pequenas diferenças nas moléculas entre os hormônios gerados pelo organismo  e seus análogos acarretam diferenças consideráveis no resultado final.

Mulheres em inibição prolongada do seu ciclo por uso contínuo dos anticoncepcionais orais apresentam taxas baixas de testosterona e progesterona. Por conta disso, é muito comum seu uso estar associado à redução da libido, dificuldade de emagrecimento e de ganho de massa muscular.

Essa teoria de que existe anticoncepcional oral fraquinho não é verdadeira. Todos eles são prejudiciais. Se a mulher não ovula, não produz progesterona – hormônio importantíssimo  à saúde feminina.
Arthur Guyton

O problema é que esse hormônio ainda não é bem visto entre alguns estudiosos da Medicina devido à tese defendida pelo especialista americano Arthur Guyton em seu renomado livro sobre Fisiologia Médica. No entanto, essa teoria estava errada.

O médico definia os efeitos da progesterona como sendo os mesmos efeitos dos progestágenos (substância fabricada pela indústria). 

Esse erro veio a ser corrigido na nova edição de seu livro lançada em 2013, ainda sem tradução para o português. Por disso, vai demorar um pouco para a classe médica brasileira mudar essa concepção errônea.

Climatério

Baseado nessas informações distorcidas, ainda há profissionais que optam pela não suplementação hormonal no climatérico, devido ao temor em potencializar  o risco mutagênico (formação de células tumorais) nas mulheres, supondo que os efeitos dos hormônios bioidênticos (iguais ao do corpo) seriam iguais aos análogos. 

Assim, boa parte das mulheres perde em muito a qualidade de vida em sua longevidade. Não têm mais ânimo para realizar tarefas habituais, a qualidade do sono é prejudicada, as mucosas se tornam secas e por não terem mais libido, o sexo não é praticado com a mesma intensidade de antes.

Progesterona do bem

A verdade é que a progesterona é um hormônio anti-inflamatório, antitrombótico, anticâncer, antidepressivo e modelador da forma feminina. É comum vermos mulheres jovens apresentando quadro de hipertensão, mesmo não tendo histórico familiar dessa patologia. Ao analisarmos a situação, constatamos que elas usam continuamente pílulas desde que começaram a menstruar. A maioria dos médicos dificilmente atribuirá essa doença à falta de progesterona.

A menstruação é essencial

Ao interromper a menstruação devido à ingestão contínua desse medicamento hormonal, a mulher está perdendo um grande mecanismo protetor contra doenças cardiovasculares. 

Sem a menstruação, há mais risco de morrer de enfarto. Esse é um dos motivos que dificilmente vemos uma mulher enfartada antes do climatério. 

As pílulas contraceptivas provocam ainda a redução dos hormônios cardioprotetores, a exemplo do estriol. Em suma, a mulher que menstrua vive mais.

DIU

Indico como alternativa para a anticoncepção o DIU de cobre. Ele não apresenta interferência no ciclo feminino. A camisinha masculina e feminina também seriam opções, assim como a tabelinha – apesar desta última não ser tão segura.
O DIU é uma opção que não provoca danos à saúde da mulher

Na verdade, não conheço até agora um método anticoncepcional perfeito, porém desejo que esse texto ajude a conscientizar as mulheres sobre a agressão causada ao corpo devido ao uso das tradicionais pílulas. Aconselho a pensarem melhor sobre o risco e benefício do uso dessas substâncias.

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