quarta-feira, 4 de março de 2015

Como adoçar os alimentos sem prejudicar a saúde

Para fugir do açúcar comum e diminuir a ingestão calórica, muitos buscam o uso dos adoçantes. Mas nem sempre essa é uma alternativa ideal para a saúde. 

Foi atestado através de pesquisa que os adoçantes artificiais (aspartame, sacarina, ciclamato de sódio, neotame), ao invés de promoverem a perda de peso, contribuem mais para a obesidade do que o açúcar comum. O estudo foi desenvolvido em dois grupos desses animais, um deles foi alimentado com açúcar comum e outro com aspartame. 

Os ratos alimentados com aspartame tiveram um ganho de peso superior aos que consumirem o açúcar. Acredita-se que esse fato ocorra por que o cérebro, ao receber a informação do paladar doce, já se prepara para a metabolização dos açúcares. Mas como é um falso sinal provocado pelo adoçante artificial, já que o açúcar nunca chega, o corpo termina desenvolvendo cada vez mais capacidade de absorção de açúcares.

Em pessoas que consomem diariamente esses  tipos de adoçantes, quantidades bem menores de açúcar comum teriam repercussões piores no peso e, além disso, essas substâncias teriam algum poder pró-cancerígeno.

 Efeitos negativos

A sucralose é uma opção lançada recentemente no mercado e considerada por muitos como saudável. No entanto, a sucralose não é tão indolente assim. Estudos recentes mostraram que ela teria um efeito negativo sobre a flora bacteriana intestinal, diminuindo o número de bactérias saudáveis. 

Sua vantagem, no meu ponto de vista, seria apenas em relação ao sabor se comparado aos outros tipos também supostamente benéficos.

Outro açúcar que vem sendo inserido indevidamente na lista dos “mocinhos” é o agave azul. Afirma-se que ele apresenta baixo índice glicêmico, por isso seria considerado sadio. Mas na verdade, se trata de um edulcorante altamente processado, com índice glicêmico bem alto, quase tão ruim quanto o xarope de frutose. 

É preciso ser cauteloso também no uso do mel. Apesar de ser um produto natural, possui uma boa carga de açúcar de alta absorção, a frutose. Esse açúcar, para quem costuma utilizar de forma contínua, é um dos grandes “vilões” da esteatose hepática (acúmulo de gordura nas células do fígado) e da formação de gordura visceral, uma das responsáveis pelas doenças crônicas.

Opções saudáveis

As opções de adoçantes naturais que nos restam, que não causam prejuízo à saúde e não são calóricos, seria o stévia,o xilitol e a talmatina. O problema é que nem todos se adaptam ao sabor do stévia. Já o xilitol e a talmatina ainda não são facilmente encontrados no mercado.

Não quero dizer com isso que quem busca perder peso deva usar apenas os não calóricos. Açúcares de baixo índice glicêmico, como o açúcar de coco e a palatinose também são opções saudáveis. A palatinose, por exemplo, é uma boa alternativa para o preparo de alimentos.

Propaganda enganosa

Ter uma alimentação saudável deve ser um dos objetivos daqueles que buscam desfrutar ao máximo o que a vida pode oferecer. Zelar por esse fabuloso veículo que é o corpo humano também é uma demonstração de inteligência. Esse é um dos motivos pelos quais devemos sempre adquirir conhecimentos nessa área, tendo cuidado especial com os modismos e a propaganda enganosa da indústria, que induz o consumidor com o falso saudável. Usar os alimentos e nutrientes com sabedoria é uma ferramenta essencial para uma vida com saúde e longevidade.


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