quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Músculo e perda de peso











É comum as pessoas associarem o exercício aeróbio a uma melhor resposta em perda de peso e saúde cardiovascular. Porém, isso não é totalmente verdade.

O músculo é uma grande glândula endócrina do corpo. Quanto maior a massa de músculo, mais ele gasta energia e queima calorias em repouso, ou seja, maior a sua capacidade de queimar gordura. Estudos também apontam que a repercussão no metabolismo do exercício de força, como no caso de diabetes, é superior aos outros.

Por isso, lembrem-se, investir em uma boa condição muscular facilita muito o emagrecimento e a manutenção do que foi perdido. É um depósito que se faz - uma poupança contra uma velhice frágil e cheia de limitações, já que a tendência natural do envelhecimento é a substituição de músculo por gordura, e aquele que tem pouco hoje, terá muito menos amanhã, se seguir o caminho natural.


terça-feira, 28 de outubro de 2014

Documentário Fed Up: veja como as indústrias de alimentos manipulam você

O documentário “Fed Up”, produzido pela jornalista americana Katie Couric, mostra o poder das indústrias de alimentos e das empresas de fast-food sobre a classe política e o Governo americano, além do marketing perverso utilizados por elas  para induzir as crianças e adolescentes a consumirem seus produtos, tornando-os viciados e obesos ao longo do tempo.

É o filme mais contudente já produzido até hoje sobre essa questão.Você pode assistir ao documentário legendado completo, com duração de 1h20m, por meio da internet. Veja o trailler https://www.youtube.com/watch?v=fNjIyn19sno.

O documentário mostra também a opinião  dos especialistas da área. Eles falam do trabalho incansável  para conscientizar a sociedade e o poder público sobre os males  que esses produtos causam à saúde da população e os subterfúgios  usados pelas empresas para enganar os consumidores com a falsa ideia de que fazem bem à saúde.

Entre os entrevistados está o ex-presidente da Food and Drug Administration (FDA), David Kessler. Na sua opinião, a situação só reverterá a partir do momento em que a sociedade se conscientizar da mesma forma que ocorreu com o cigarro. Mas, para isso, é essencial o empenho do Governo.

Segundo David Kessler, “não seremos capazes de mudar a maneira com que nosso cérebro responde aos alimentos, por isso precisaremos mudar o ambiente por meio da reeducação alimentar ou as normas sociais que regem o consumo desses produtos”.

O documentário relata ainda o porquê da inundação nas escolas americanas dos fast-food de marcas famosas, juntamente com indústrias de refrigerantes, como a Coca-Cola e a Pepsi, contribuindo decisivamente para o aumento da obesidade e das doenças metabólicas entre as crianças e adolescentes.

Os motivos que levam o Governo americano a fracassar no combate a obesidade é outro ponto abordado no “Fed Up”. Esse “fracasso” está estreitamente relacionado ao poder que as indústrias e as empresas de fast-food têm sob Congresso e os órgãos que atuam na regulação dos produtos alimentícios. As indústrias chegam a patrocinar pesquisas para induzir o resultado em seu benefício.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Consequências para saúde dos medicamentos usados para dormir

Dependência, envelhecimento precoce, distúrbios hormonais importantes são alguns exemplos dos problemas que ocorre com  as pessoas que fazem uso dos diazepínicos a longo prazo. 

Os diazepínicos pertencem a uma classe de medicamentos que levam a um estado de sono hipnótico. Eles são amplamente utilizados pelas pessoas para "tratar" os distúrbios do sono. 

O problema é que no estado de sono que essas substâncias provocam, não acontece o estado de frequência rem, que é o mais reparador, onde acontece ressensibilização dos receptores hormonais.

Mas para fugir dessas substâncias, não pense que você precisa ficar sem dormir. Além de boa alimentação, prática de atividade física e bons hábitos de vida, existem suplementos com excelentes respostas nos distúrbios do sono e que  ajudam ainda a preservar sua saúde - um dos maiores bens que o ser humano pode ter.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

O perigo do xarope de milho de alta frutose nos alimentos

Pontuo aqui o mal que os refrigerantes, os sucos de caixinha, biscoitos, doces ou outros alimentos processados provocam no organismo. Esses produtos têm açúcar artificial em sua composição, também conhecido como glucose/frutose, isoglucose, xarope de glucose ou frutose, xarope de alta frutose ou xarope de milho. São alimentos processados de custo baixíssimo, inferior ao açúcar retirado da cana de açúcar ou da beterraba.

1-  Em sua composição são adicionadas algumas enzimas – em uma delas existe o mercúrio. Esse metal concentra-se nos rins, fígado, sangue, medula óssea, intestinos, aparelho respiratório, mucosa bucal, glândulas salivares, cérebro, ossos e pulmões. Dessa forma,você está sendo contaminado por metais pesados ao usar essa substância com frequência.

 2-   A  ingestão demasiada de açúcares com alto índice glicêmico, ou seja, aqueles que são rapidamente absorvidos pelo corpo, provoca  mudança na química do cérebro,podendo causar dependência a açúcares superior ao que é causado pela cocaína.
 3- O consumo exacerbado de açúcares, especialmente o de frutose, provoca a doença conhecida como fígado gorduroso – que pode levar o organismo a desenvolver um câncer ou cirrose. É responsável ainda pelo diabetes tipo II.

Ao ingerir altas cargas diárias de açúcares, você faz com o seu fígado algo parecido com que os criadores de ganso fazem para conseguir o patê - eles injetam diariamente em um tubo cargas elevadas de alimentos até atingir um quilo, fazendo com que a ave fique com o fígado altamente gorduroso. Ao chegar ao ponto considerado “ideal” esse órgão é retirado para fazer o patê.

4- Esses açúcares faz você engordar cada vez mais. Por serem de custo extremamente baixo, as indústrias utilizam cada vez mais xarope de frutose nos alimentos. Um exemplo é o refrigerante que costuma acompanhar o lanche no fast food - antes tinha 300 ml, agora tem 700 ml.

5 – Esse produto está provocando doenças nas crianças. Nos últimos anos tem sido comum vermos crianças com diabetes tipo II, esteatose hepática(fígado gorduroso) e outras doenças metabólicas. Infelizmente, alguns “estudiosos” preferem culpar a herança genética como responsável por essas doenças, ao invés de analisar a alimentação que está sendo ingerida pelo paciente.
       
 É importante que os pais façam uma análise e perguntem a si mesmo porque doenças que eram próprias de pessoas da terceira idade estão surgindo cada vez mais cedo em crianças e adolescentes. A resposta certamente está nos hábitos alimentares que estão mudando a cada dia:  o lanche das crianças é  suco de caixinha, biscoito açucarado, refrigerante, balinhas, chocolates etc.
       
 Portanto, seja criterioso ao escolher os alimentos que seu filho irá consumir. Cuidado com as aparências e com a propaganda - elas enganam

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Gordura de qualidade é essencial ao organismo

O excesso de carboidratos não favorece o anabolismo
Muitas dietas, principalmente as disseminadas entre os fisiculturistas e outros atletas de exercícios de força, incluem uma percentagem diária de carboidratos assustadora.

Nesse caso, a opção normalmente é pelos amidos considerados saudáveis, os de melhor índice glicêmico, porém a quantidade é desnecessária. Outro fator prejudicial nessa dieta é a quantidades insuficientes de gorduras.

O excesso de carboidratos não favorece o anabolismo (ganho de músculo), mesmo os de melhor qualidade.

Preocupo-me ao ver essas dietas onde a pessoa ingere diariamente batata doce e frango, como se houvesse um anabolizante especial nessa combinação.

Torna-se uma refeição monótona, mal distribuída, que deixa de considerar um ponto muito importante, o prazer de uma refeição - algo sagrado e respeitado por quem tem algum conhecimento.

O excesso de carboidratos, vai gerar alterações no metabolismo do açúcar (como resistência insulínica), além de obesidade, inflamação crônica e todas as consequências negativas desse ciclo vicioso que resulta da má alimentação.

 A gordura do bem

Gordura de qualidade se faz necessária para a saúde hormonal
Saliento que o consumo das gorduras de qualidade deve ser incentivado na dieta. O mesmo não deve ocorrer com os lixos industriais como óleos vegetais industrializados, gordura hidrogenadas ou as frituras.
Nem toda gordura é boa para saúde
As boas gorduras (porco, azeite extravirgem, abacate, oleaginosas, açaí, ovos...) são os macronutrientes que mais causam saciedade, e por isso devem ser bem explorados.

As gorduras de qualidade são ainda nutrientes essenciais a uma boa saúde hormonal, já que são matéria-prima para sua produção. Para se queimar gordura se faz necessário também ingerir gordura.


Alimentação saudável

A alimentação saudável consiste numa verdadeira arte, onde se estudando os nutrientes, o paladar, odor e as respostas que causam ao organismo, o estudioso pode jogar e fazer combinações entre eles, a exemplo do pintor, que, com maestria, joga e mistura as tintas na paleta para conseguir os tons de que precisa.

 Não existe fórmula mágica ou um cardápio de gaveta que tenha sucesso para todos. O sucesso está em conhecer um pouco dos nutrientes, a qualidade, os momentos, porções que são necessários e desfrutar com muito prazer dessa dádiva divina que é cada refeição.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

O mal está no excesso de carboidratos

Após 30 anos de incentivo a dieta low fat (restringe a gordura animal), as pessoas estão sofrendo cada vez de doenças metabólicas (diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares).Isto acontece porque na  low fat  retira-se a gordura, substituindo-a pelo excesso de carboidratos(açúcares).
Carboidratos:excesso provoca doenças metabólicas

Apesar de ainda serem bastante difundidas até mesmo entre os profissionais da nossa área, não é possível ter saúde com essas pirâmides alimentares,  baseadas em 65% de carboidratos.E, para piorar a situação, na maioria das vezes opta-se por carboidratos simples(rápida absorção).

Mesmo com o excesso de carboidratos complexos (lenta absorção), precisa-se ter cuidado. Não é pelo simples fato do amido possuir um considerável índice glicêmico (refere-se a velocidade de absorção no organismo) que pode ser ingerido mais do que precisamos.

O carboidrato, açúcar, é o macronutriente mais abundante na natureza. Quase todos os alimentos possuem carboidratos em alguma proporção. Então, por mais que você tente evitá-los, ainda estará usando uma boa porção diária.

O problema dessa epidemia de doenças metabólicas que a população sofre atualmente está tanto na quantidade como na qualidade dos açúcares ingeridos. A qualidade, certamente, é o problema mais grave e mais difícil de controlar devido à difusão promovido pela indústria por meio da propaganda dos falsos saudáveis.

Efeito superior à cocaína

O açúcar atual causa dependência no cérebro igual a cocaína
Os açúcares produzidos atualmente tem uma velocidade de absorção assustadoramente maior que no passado. Eles (açúcares) causam uma resposta de dependência no cérebro muito superior a cocaína. Isso vale para todos - trigo, açúcar da cana, xarope de milho...até as frutas contêm muito mais açúcar que no passado.

Frutas x açucar 

Alguns pacientes vão ao meu consultório com o intuito de emagrecer ou levar uma vida mais saudável. Eles relatam que deixaram de jantar, substituindo essa refeição por frutas. Analisando a situação, constato que esses pacientes comem, por exemplo, duas laranjas e uma banana para ter saciedade.
As frutas também possuem açúcar

 Esses pacientes não têm consciência de que o açúcar da fruta também é açúcar. E muitas delas (frutas) têm uma carga importante de um tipo de açúcar que é um grande contribuidor para o acúmulo de gordura visceral (interna, entre os órgãos)- a maior vilã das doenças metabólicas.

sábado, 4 de outubro de 2014

O mito do colesterol

O colesterol é uma das substâncias mais abundantes de nosso corpo. Desde a membrana celular de todas as células do corpo até todos os hormônios que produzimos levam na sua composição basicamente colesterol e proteínas.

É um nutriente essencial para a vida. O colesterol é tão essencial, que é usado como marcador para classificar o risco nutricional em pacientes hospitalizados.


Há cerca de 60 anos, o governo americano realizou na cidade de Framingham (estado de Massachusetts) estudo cardiovascular. Foi a pesquisa cardiovascular mais importante realizado até hoje. O levantamento mostrou que 60% dos infartos tinham colesterol LDL em índice considerados normais.

Porém, em 1984 a revista  times publicou uma reportagem colocando o colesterol como o grande vilão das doenças cardiovasculares.No entanto, a incidência dessa doença já vinha em uma ascendência espantosa – e fomos cobaias, na época, de uma experiência metabólica mal arquitetada e mal sucedida. 
A manchete da revista admitindo o erro

Trinta anos depois, a revista se desculpou publicamente pela falha. Com o título “Eat Butter” a Times colocou a gordura saturada e o colesterol no lugar que merecem. Mas ainda serão necessários alguns anos para que o mal causado à população por conta da informação errônea seja revertido.

Indústrias/faturamento

Os medicamentos "milagrosos" não estão impedindo as mortes
Se já foi comprovado que o colesterol não pode ser considerado o vilão, então por que os médicos ainda continuam a fazer o controle cardiovascular por meio de seus níveis séricos?

Certamente, a resposta está  no faturamento das indústrias que vendem as drogas para baixar o colesterol, ou em quem patrocina os congressos médicos e/ou estudos nessa área.

À cada dia que passa morre mais gente de infarto, e a cada dia que passa se vende mais remédios para baixar o colesterol.

Colesterol não é vilão

Afirmo com convicção que a doença cardiovascular nunca foi e nunca será uma doença do colesterol – é uma doença da inflação crônica. Um LDL colesterol elevado não quer dizer risco cardiovascular, a não ser que esteja oxidado.
Reafirmo que o colesterol não é o vilão. Diante de níveis elevados de colesterol, o que nós (médicos) precisamos fazer é descobrir o que está acontecendo com o organismo que está tendo a necessidade de quantidades demasiadas de matéria-prima, ou seja, o colesterol. 

Será que estamos diante de uma glândula em fadiga, pedindo mais matéria-prima para tentar suprir as necessidades do corpo?!?! Ou  diante de um corpo altamente inflamado, com lesão repetitiva das paredes das artérias, pedindo mais matéria prima para reparação?

Tratar o colesterol ao invés do que causou seu distúrbio, seria o mesmo que diante de um incêndio eu esconder o bombeiro ao invés de atacar o fogo

Inflamação benéfica

A inflamação aguda é benéfica ao corpo. Se você bate o joelho praticando algum esporte, ele incha  e fica avermelhado. É essa inflamação que vai aumentar a sua irrigação e ajudar para que sare mais rápido.

Porém, a inflamação crônica é patológica. É causada pelo aumento de gordura visceral (aquela que fica dentro da barriga, entre os órgãos), pela obesidade, pelas alterações  no metabolismo da glicose, pela resistência à insulina, cortisol elevado, estresse e todo um processo que vai se acumulando  com o passar do tempo.

Dessa forma, aconselho que se você quer viver mais tempo e de maneira saudável, invista em alimentos, nutrientes  e hábitos de vida que vão prevenir o corpo de inflamações. Não esqueça, a prevenção é sempre o melhor remédio e custa menos ao bolso.