Essa gordura é mais conhecida do grande público como gordura trans. Ela está presente em quase todos os produtos industrializados que você consome: sorvete cremoso, biscoito crocante, salgadinhos de pacote, chocolates, pipocas (micro-ondas), tudo que é feito utilizando a margarina, molhos de saladas, maioneses, alguns tipos de bolachas, biscoitos, fast food e massas de um de um modo geral.
Aumentar os lucros
Ela surgiu na década de 50, em substituição a gordura animal, que tinha um custo mais elevado. A sua utilização por parte da indústria alimentícia teve como objetivo melhorar o sabor dos produtos, deixar mais crocante, melhorar a aparência, conservar por mais tempo e, sem dúvida, aumentar os lucros.
Acúmulo no abdômen
Além dos problemas cardiovasculares que provoca nos consumidores, a gordura trans se concentra em uma das áreas mais temidas pelas mulheres e homens – a região da cintura/abdômen e também na região interna, entre os órgãos (gordura visceral), que você não vê, mas é a grande vilã das doenças metabólicas (diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares).
A gordura provoca problemas ao feto |
Isto ocorre por causa de alterações metabólicas que ela provoca, por ser quimicamente produzida, tornando-se uma substância estranha introduzida no corpo.
Estudo revelou que as repercussões do uso de altas concentrações dessas substâncias durante a gravidez, causam alterações metabólicas no feto para o resto da vida, uma carga de tendência à obesidade, gordura visceral e alterações no metabolismo da glicose que se levará para o resto da vida.
Veja o link sobre o estudo: (http://www.nrjournal.com/article/S0271-5317%2810%2900104-1/abstract?cc=y http://www.nrjournal.com/article/S0271-5317(10)00104-1/abstract?cc=y)
Barriga
Mas se a saúde não é o seu foco principal, mas sim estética, saiba que GVH e barriga grande andam juntos.
Proíbida
A gordura trans faz tão mal à saúde que os Estados Unidos estão obrigando as indústrias a abolirem esse veneno dos produtos. A medida visa evitar cerca de 20 mil enfarto/ano e 07 mil mortes por conta da famigerada gordura. Na Dinamarca e Suíça foi proibida. O Canadá e a Austrália também adotaram medidas drásticas contra as indústrias para retirar a GVH dos produtos.
Aperta o cerco
No Brasil, com a população tendo cada vez mais acesso à informação sobre os males que essa famigerada gordura provoca ao organismo, ela vem se transformando aos poucos em uma verdadeira vilã.
O Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também estão fechando o cerco junto às indústrias. O Ministério da Saúde acordou com os fabricantes para que reduzam a quantidade da gordura vegetal hidrogenada nos alimentos. Resolução de 2006 da Anvisa obriga as empresa a informar no produto a quantidade existente dessa gordura.
Camuflada
Com as novas determinações, os fabricantes brasileiros não podem ultrapassar a quantidade de 0,2 gramas em cada porção. O problema é que a pessoa normalmente não come apenas uma porção. O Ministério da Saúde tem como meta, já a partir deste ano (2014), atingir 0,1% em cada porção. O ideal é que o consumo não ultrapasse dois gramas ao dia.
Mas, é preciso ficar esperto, pois no rótulo do produto pode não constar a palavra gordura trans, mas sim “gordura vegetal hidrogenada”, o que dá no mesmo.
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