Eles estão de volta estão de volta à mesa. Quer saber por quê?

Os alimentos ricos em colesterol  foram, nos últimos 40 anos,condenados  por serem considerados os grandes responsáveis pelos problemas cardíacos e pela obstrução das artérias. Os anos 70, 80 e 90 foram os anos "sem gordura", com as autoridades da área da saúde alertando as pessoas para limitar a ingestão de alimentos ricos em colesterol.

Essa realidade começa a mudar  devido aos resultados de novas pesquisas que apontam o ovo, a manteiga, a nozes, óleo de coco e a carne vermelha como produtos sadios e que podem ser incluídos na dieta sem receio. Definitivamente, eles não são mais considerados  nutrientes que geram preocupação entre os promotores de políticas de saúde.

Após estudos, o Departamento de Agricultura dos EUA,  responsável por atualizar de cinco em cinco anos as diretrizes relacionadas aos produtos alimentares considerados “perigosos” para a saúde, afirmou que  "Anteriormente, os Dietary Guidelines for Americans recomendavam que a ingestão diária de colesterol não deveria ultrapassar  mais do que 300 mg”.

“Porém, a DGAC 2015 não apresentará essa recomendação porque, de acordo com o relatório da AHA / ACC (American Heart Association / American College of Cardiology), as evidências apresentadas mostram que não há relação significativa entre o consumo de colesterol dietético e seu nível no sangue”.

Steven Nissen

O renomado cardiologista estadudinense Steven Nissen afirmou que durante anos os pesquisadores estiveram enganados. “Estávamos seguindo as orientações dietéticas erradas”, disse. Ele estima que cerca de 20 por cento dos níveis de colesterol no sangue são provenientes  da dieta alimentar, o que significa que o restante é produzido pelo fígado, sendo realmente necessário  ao organismo.

Colesterol não é vilão

Além do mais, o colesterol não é o verdadeiro vilão das doenças cardiovasculares. É matéria prima essencial à vida. Toda célula é formada, desde sua parede, de colesterol e proteínas, o mesmo acontece com os hormônios. Quando seus níveis variam no corpo é apenas um indicativo de que algo está alterado, que está ocorrendo algum problema. Isto não quer dizer que o colesterol necessite ser combatido.

A gordura saturada pode ser ingerida sem temor. Nosso corpo sabe como metabolizar esses nutrientes por memória de milhares de anos. Para os genes metabólicos não existe nada de estranho nisso.

Gordura hidrogenada

O mesmo não acontece quando ingerimos gordura vegetal hidrogenada, a exemplo da margarina, ou outros tipos de óleos vegetais altamente oxidados como os  habitualmente utilizados na culinária, que são considerados produtos “saudáveis”  devido ao marketing pesado utilizado pelas indústrias que visam unicamente o lucro.

 Excesso

A  sua maior  preocupação deve ser em relação à quantidade de gordura  ingerida e o gasto energético diário, já que energia não gasta se acumula no organismo em forma de gordura. Quando isso acontece, principalmente falando em gordura visceral, surge um dos grandes vilões das doenças cardiovasculares.